A suspensão também pode contribuir para aumentar a eficência dos automóveis
A indústria está cada vez mais atenta às oportunidades de aumentar o rendimento dos veículos. Além da atenção dispensada aos sistemas tradicionais, como motor, transmissão, pneus e carroceria (peso e aerodinâmica), as fábricas de automóveis procuram soluções que aperfeiçoem qualquer componente que possa gerar ganhos de eficiência.
Um exemplo disso é a recém-lançada barra estabilizadora ativa desenvolvida pela Schaeffler, já adotada por marcas como Audi e BMW em modelos como o SUV SQ7 e o sedã de luxo Série 7.
Assim como as barras estabilizadoras convencionais, a da Schaeffler tem a função de controlar os movimentos da suspensão, assegurando o contato das rodas com o asfalto, de modo a garantir o controle direcional, a segurança e o conforto.
Seu diferencial está no fato de conseguir fazer isso com desempenho superior ao dos dispositivos convencionais e comparável ao dos sistemas mais sofisticados, hidráulicos ou pneumáticos, que são mais pesados e consomem mais energia no funcionamento.
Segundo a empresa, o ganho de eficiência energética gerado pela barra estabilizadora ativa pode chegar a 3%, na comparação com um sistema hidráulico, porque ela atua somente quando surge irregularidades na pista ou em curvas. A invenção ganhou no ano passado o German Innovation Awards.
Para as fábricas de automóveis, que têm de atender aos padrões de eficiência cada vez mais rigorosos, toda ajuda nesse sentido é muito bem-vinda.
Conforto
Em linha reta, os eventuais estímulos recebidos pelos braços – presos à suspensão – são transferidos às embreagens e absorvidos, proporcionando um nível de conforto superior ao geralmente apresentado por sistemas convencionais.
Estabilidade
Nas curvas, onde existe transferência de peso de um lado para outro do carro e a carroceria tende a rolar (rolling), o motor gera uma força de modo que os braços iniciam um movimento rotacional no sentido oposto, forçando a carroceria a se estabilizar.
Dirigibilidade
As cargas aplicadas pelo motor aos braços podem variar entre as rodas (internas e externas às curvas), contribuindo para a dirigibilidade. Segundo a fábrica, ela pode ser instalada sem necessidade de alterar a geometria da suspensão.
Fonte: Quatro Rodas
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