Projeto visa transformar Campinas na Cidade da Mobilidade Elétrica, com a utilização dos carros por locadoras, empresas de taxi e frota pública
Campinas, 23 de outubro de 2014 – A CPFL Energia, o maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, amplia a sua frota de veículos elétricos e o número de eletropostos, a partir do lançamento da segunda fase do Programa de Mobilidade Elétrica, projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que estuda os impactos da utilização dos carros elétricos. A iniciativa visa transformar Campinas (SP) na Cidade da Mobilidade Elétrica.
Com a segunda fase do projeto, a frota própria da Companhia saltará de seis para 27 veículos elétricos até o final de 2015 e o número de eletropostos passará de quatro para 21 unidades. Os pontos de recarregamento serão instalados em locais públicos e de fácil acesso, como shoppings centers, postos de serviços, prefeitura e locadoras de carros. Dois pontos serão colocados fora de Campinas, sendo um Jundiaí (SP) e outro em São Paulo, conferindo segurança para viagens interurbanas de curtas distâncias.
Novos usos da tecnologia serão postos em teste a partir da nova etapa, ampliando o escopo dos estudos. Pela primeira vez, a utilização diária dos veículos elétricos por motoristas comuns será avaliada por uma concessionária de energia. Isso porque a companhia planeja disponibilizar algumas unidades para aluguel em locadoras de automóveis. Adicionalmente, a CPFL Energia pretende introduzir os carros elétricos na frota pública executiva e também na frota municipal de táxi.
A ampliação do número de veículos elétricos virá acompanhada da incorporação de novos modelos à frota. Hoje, há negociações em andamento com a fabricante chinesa BYD para a compra dos utilitários elétricos E6 e o Hybrid, e com a Renault para a aquisição do Fluence e Twizy, que se juntariam aos carros anteriormente fornecidos pela montadora francesa na primeira fase do projeto, o Kangoo e o Zoe.
Os pontos chave para desenvolver a mobilidade elétrica no País são objetos de estudo do projeto. Entre os temas que serão aprofundados estão o impacto na rede elétrica e no planejamento da expansão do sistema, uso dos veículos elétricos como fonte de geração distribuída, os aprimoramentos regulatórios e legais, o ciclo de vida e reaproveitamento das baterias, a proposição de um modelo de negócios para a mobilidade elétrica no Brasil, além de outras questões relacionadas.
A pesquisa, iniciada em 2013, receberá R$ 21,2 milhões em investimentos até 2018, ano de sua conclusão, dos quais R$ 14,7 milhões para a segunda fase. Os recursos serão aplicados na instalação da infraestrutura de recarga, na aquisição dos veículos e no desenvolvimento dos estudos.
"Com este projeto, almejamos desenvolver e qualificar a CPFL Energia e o setor elétrico brasileiro para os impactos da expansão da mobilidade elétrica e para que possamos atuar de forma pioneira em novos negócios no momento em que os veículos elétricos se tornarem uma realidade", afirmou o diretor de Estratégia e Inovação do grupo, Rafael Lazzaretti.
O projeto, patrocinado com recursos do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conta, atualmente, com a parceria institucional do CPqD, da Unicamp, das portuguesas CEiiA e Mobi2.E e da Renault.
Resultados da 1ª Fase do Projeto
Os dados preliminares levantados pelo projeto de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que a utilização do veículo elétrico é cerca de quatro vezes mais barata do que a de um carro convencional.
Enquanto valor do quilômetro rodado, em um carro a combustão, considerando o uso do etanol, é de aproximadamente R$ 0,19, enquanto o veículo movido à eletricidade percorre a mesma distância com o custo de R$ 0,05.
Os seis carros utilizados na primeira fase pelo Programa de Mobilidade Elétrica percorreram quase 17 mil quilômetros e consumiram 3.249 KWh de energia, o que equivale ao consumo aproximado de 16 residências durante um mês. Os veículos deixaram de emitir 2.3 ton/CO2 na atmosfera, o que equivale a retirar das ruas aproximadamente 27 carros populares que rodem 15 quilômetros por dia durante um mês.
Um dos objetivos da Primeira Fase do estudo era determinar qual seria o impacto para a carga de energia elétrica com a utilização em massa de veículos elétricos. As projeções iniciais da CPFL apontam que o uso desta tecnologia consumiria entre 0,6% a 1,7% da carga do SIN (Sistema Interligado Nacional), em 2030, quando a frota de veículos elétricos atingir respectivamente 5,0 milhões e 13,3 milhões de unidades.
Sobre a CPFL Energia
A CPFL Energia, há 101 anos no setor elétrico, atua nos segmentos de distribuição, geração, comercialização, serviços e telecomunicações. É líder no mercado de distribuição, com 13% de participação, totalizando mais de 7,5 milhões de clientes nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Na comercialização, é um dos líderes no mercado livre, com uma participação de mercado de 8%. É líder na comercialização de energia incentivada para clientes livres.
Na geração, é o segundo maior agente privado do país, com um portfólio baseado em fontes limpas e renováveis. A CPFL Geração conta com 2.248 MW de potência instalada, considerando sua participação equivalente em cada um dos ativos de geração. Em 2011 criou a CPFL Renováveis, com ativos como PCHs, parques eólicos, termelétricas a biomassa e a usina solar Tanquinho, pioneira no Estado de São Paulo, e uma das maiores do Brasil. Adicionando a participação equivalente na CPFL Renováveis, a capacidade instalada total do Grupo CPFL atingiu 3.127 MW no final do segundo trimestre de 2014. O grupo também ocupa posição de destaque em arte e cultura, entre os 15 maiores investidores brasileiros.
A CPFL Energia tem ações listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa e ADR Nível III na NYSE, além participar do Índice Dow Jones Sustainability Index Emerging Markets e do Morgan Stanley Capital International Global Sustainability Index (MSCI). Pelo 9º. ano consecutivo, as ações da companhia integram a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa.
Fonte: CPFL
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