Uma história revoltante e confusa foi noticiada com muita poesia pelo Diário do Grande ABC. Uma Ferrari Dino pode ser vendida como sucata após confusões na investigação de um roubo.
Mais fotos podem ser vistas no site da notícia. http://www.dgabc.com.br/Noticia/1586207/ferrari-de-r$-322-mil-pode-ser-comprada-como-ferro-velho%C2%A0em-patio-de-santo-andre
É de conhecimento comum que os carros da Ferrari estão entre os itens mais desejados por todos aqueles que gostam de dirigir. O automóvel italiano é símbolo de status, dinheiro, poder e ostentação. Mais do que um simples veículo, a Ferrari é um ícone. Segundo a Brand Finance, consultora especializada em avaliação de marcas mundiais, a montadora italiana de automóveis de luxo aparece em 10º lugar como uma das mais valiosas em pesquisa realizada no mês de fevereiro de 2015. Porém, para um dos automóveis fabricados pela Ferrari, todo esse glamour parece ter ficado no passado.
Em um dos pátios administrados pela Prefeitura de Santo André, em meio à carros retorcidos e desfigurados, num canto qualquer, quase esquecido, encontra-se uma Ferrari Dino 208 GT4, 1975. O design italiano, um dos mais invejados do mundo, ainda desperta interesse, mas já não mostra o brilho de tempos atrás. As linhas aerodinâmicas, criadas para atingir velocidades extremas, dão lugar à ferrugem, que corrói não só a lataria, mas toda a personalidade do possante italiano.
Hoje, o carro que outrora rasgou as estradas em busca do horizonte, jaz apodrecendo como um defunto num cemitério de veículos, tornando-se nada mais que o lugar de descanso do cão e companheiro do responsável pelo pátio.
Hoje, o carro que outrora rasgou as estradas em busca do horizonte, jaz apodrecendo como um defunto num cemitério de veículos, tornando-se nada mais que o lugar de descanso do cão e companheiro do responsável pelo pátio.
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Numa busca rápida em sites especializados em compra e venda de carros de luxo, uma Ferrari Dino 208 GT4 alcança o valor de 55 mil libras esterlinas, equivalente a R$ 322 mil, tendo como base o câmbio de hoje. Porém, depois de tanto tempo no pátio, o futuro do veículo do cavalo rampante é incerto e ele pode ser negociado como um simples ferro-velho, o que poderia render R$ 253 somente, já que o carro pesa em torno de 1.150kg e a sucata é comercializada a R$ 0,22 o quilograma.
A história que acompanha o carro até ele parar no pátio de Santo André é um pouco confusa. Segundo o boletim de ocorrência registrado na 1º DP (Delegacia de Polícia) do Centro da cidade, com data de 6 de junho de 2006, o dono da Ferrari, o romeno Ferry Lazar, levou o automóvel para conserto em fevereiro de 2002 e quando retornou para retirar o veículo, tanto a oficina quanto a Ferrari e o dono do estabelecimento tinham sumido. Lazar, então, passou a procurar o carro por conta própria, e em meados de 2003 descobriu que uma Ferrari muito semelhante a sua apareceu. A Ferrari Dino 208 GT4 que ele levara na oficina era azul, enquanto a encontrada em 2003 era amarela.
O delegado acatou a queixa de Lazar e pediu para que policiais averiguassem o veículo que se encontrava em posse de Ariovaldo Vicentini, que prontamente se ofereceu para elucidar a situação. Ainda segundo o B.O, o delegado suspeitou de que poderia se tratar de adulteração de veículo, crime previsto em lei, através dos artigos 289 e 311 e que ambos, tanto Ferry Lazar e Ariovaldo Vicentini foram vítimas de um possível golpe.
A Ferrari Dino 208 GT4 se encontra no pátio de Santo André desde 2006, quando foi determinada sua apreensão para a averiguação.
A quipe do Diário buscou durante todo o dia entrar em contato com os envolvidos através dos números de telefones que estão no boletim de ocorrência, mas não obteve sucesso. Algumas redes sociais também foram utilizadas para tentar encontrar os donos da Ferrari, mas também não houve êxito, o que aumenta ainda mais o mistério do porque esta Ferrari ainda continuar no pátio de Santo André.
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