Tuesday, February 28, 2017

Quais tecnologias você quer para o seu futuro?

Quais tecnologias você quer para o seu futuro?
Como vamos viver daqui a 100 anos? [Imagem: Samsung SmartThings]
Quais tecnologias você quer para seu futuro
No projeto "Moldando o Futuro (Shaping Future), os voluntários articulam os seus desejos e preocupações relativos a soluções técnicas futuras, descrevem requisitos da tecnologia e trocam ideias com especialistas.
Os engenheiros então pegam as ideias, desenvolvem-nas um pouco e usam roteiros para mostrar quais etapas tecnológicas serão necessárias e quais as condições sociais e legais deverão ser cumpridas a fim de que cada ideia possa ser realizada.
"Não é apenas uma questão de participar. Qualquer um que esteja desenvolvendo novas tecnologias precisa incluir as pessoas. Caso contrário, há o risco de que as inovações deixem de refletir as necessidades do usuário... e não sejam adotadas," explica Marie Heidingsfelder, membro do projeto.
Uma conclusão importante da primeira rodada do Moldando o Futuro foi a de que muitos participantes querem tecnologias "moles", tão invisíveis quanto possível e que possam facilmente ser usadas no corpo - tecnologias de vestir.
Além disso, um fator importante para as pessoas são modelos espaciais que, de forma flexível e individual, permitam que elas interajam ou se escondam de outras pessoas, conforme a situação. E uma espécie de "Big Mother" (Grande Mãe), que as ajude a tomar decisões ou lidar com tensões físicas e emocionais.
Quais tecnologias você quer para o seu futuro?
Há também aqueles que temem que a tecnologia dê errado e ameace a existência humana. [Imagem: Divulgação]
Tecnologias para o ano de 2053
Partindo dos anseios dos voluntários, a equipe desenvolveu até agora um total de oito roteiros tecnológicos para novos projetos de pesquisa ou produtos inovadores:
  1. Casulo de Mobilidade: cápsulas de transporte individual configuráveis que permitam uma solução de mobilidade porta-a-porta.
  2. Equipamento de Otimização Modular: um exoesqueleto que dê força às pessoas nas situações cotidianas que exijam esforços físicos.
  3. Músculos sob demanda: Um gel que permita a reconstrução do próprio corpo após acidentes, doenças ou tumores graves, também adequado para a otimização pessoal e modificações físicas.
  4. Firewall Social: Tecnologia capaz de aprender que permita se concentrar em coisas importantes, fugindo das distrações.
  5. Ferramenta de Diagnóstico e Tratamento: Tecnologia mantida próxima ao corpo que detecte doenças e recomende terapias, medicamentos e médicos adequados.
  6. Companheiro Inteligente: Sistema de inteligência artificial que aprenda com o objetivo de dar sugestões para a ação com base em prioridades e permita o início de contatos de acordo com os interesses e demandas individuais.
  7. Mentor de Ouvido: uma versão miniaturizada, que caiba dentro da orelha, do Firewall Social.
  8. Lente de Contato Emocional: Uma lente de contato que indique a condição emocional da pessoa que está olhando para você.
Foram coletadas muitas outras demandas tecnológicas, para as quais ainda não foi possível montar roteiros de desenvolvimento porque elas estão longe demais da realização - como um teletransportador de emoções entre as pessoas.

FARADAY FUTURE DIVULGA TEASER DE SEU PRIMEIRO CARRO DE PRODUÇÃO

Crossover 100% elétrico da nova fabricante será revelado em 3 de janeiro na CES

Faraday Future divulga teaser de seu crossover elétrico  (Foto: Divulgação)

Em meio a problemas financeiros e com atraso na construção de sua fábrica bilionária em Las Vegas (EUA), a startup Faraday Future segue firme e forte trabalhando no lançamento de seu primeiro modelo de produção. A fabricante divulgou em sua página no Twitter o primeiro teaser do crossover elétrico, que será revelado oficialmente em janeiro de 2017, durante a Consumer Electronics Show (CES), maior feira de tecnologia dos Estados Unidos.

A imagem não mostra muita coisa, mas sugere uma dianteira bastante diferente, onde os faróis são integrados por uma espécie de fita de led que funciona como uma moldura e fica posicionada acima da grade do carro. 
Até então, a fabricante de carros elétricos tinha apresentado apenas show cars como o superesportivo FFZERO1. Com o lançamento de seu primeiro modelo de produção, a Faraday Future, chamada também de FF, torna-se a primeira rival direta da Tesla, com um produto que mira diretamente o Model X.


Fonte: Auto Esporte

Monday, February 27, 2017

Lucid Air: um sedã elétrico de 1.013 cv para fazer frente à Tesla

Sedã terá aceleração de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e autonomia de 643 km

Lucid Air em posição 3x4 de frente
A Tesla irá ganhar uma concorrente de peso em breve. Batizada de Lucid Motors, a nova marca americana mostrou o Air, um luxuoso sedã elétrico com mais de 1.000 cv de potência e autonomia de 643 km — acima dos 613 km do novo Tesla Model S P100D.

Sediada em Arizona (Estados Unidos), a Lucid Motors começará a produzir o Air a partir de 2018. Ele contará com baterias de 100 kWh da Samsung, mas ainda poderá receber uma de 130 kWh, uma das baterias de maior capacidade já utilizadas num automóvel elétrico.


Ele será movido por dois motores elétricos integrados que, somados, resultam em 1.013 cv e uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 2,5 segundos.

Detalhe do teto solar panorâmioc do Lucid Air

Cabine do Lucid Air

Seu desenho traz visual futurista, com linhas arredondadas, enorme área envidraçada, faróis afilados de led cujos projetores giram ao serem acionados (veja no vídeo mais acima) e traseira com uma lanterna inteiriça (e estreita) que carrega o nome da fabricante.

Já a cabine traz um grande espaço interno, além de telas digitais com dimensões generosas no painel, no console e para os ocupantes de trás.

bancos traseiros do Lucid Air

O acesso aos comandos do carro é feito por comandos de voz ativados por aplicativo. Os bancos têm abas laterais pronunciadas, com os traseiros sendo individuais ajustáveis e reclináveis como num avião de classe executiva. Além disso, o Lucid Air também será equipado com sistema de condução semiautônoma, com sensores, câmeras e radar de curto e longo alcance.

Lucid Air de perfil

Lucid Air em posição 3x4 de traseira

Com preço estimado em US$ 100.000 (para comparação, o Tesla Model S vai de US$ 70.000 a US$ 135.700, dependendo da configuração), o Lucid Air também irá mirar em modelos a combustão como Mercedes-Benz Classe S e BMW Série 7. Há ainda rumores que uma versão de US$ 65.000 também será produzida posteriormente.

Fonte: Quatro Rodas

Euro NCAP anuncia os carros mais seguros por categoria

Órgão avaliou 18 modelos e adicionou testes com sistemas de frenagem automática e de detecção de pedestres

Toyota Prius em movimento na posição 3x4 de frente

Anualmente, o Euro NCAP aponta os veículos mais seguros por categoria na Europa através do prêmio batizado de “Best in Class”. O órgão de segurança realizou ao longo de 2016 testes com 18 veículos, sendo que apenas três modelos foram premiados como os melhores em sua classe frente aos seus concorrentes.
Entre os premiados como “Best in Class”, há o Toyota Prius na categoria de “carro familiar”, o Hyundai Ioniq como melhor “carro compacto familiar”, além do Volkswagen Tiguan, eleito como melhor “off-road compacto” de 2016. Nesse ano, os testes do Euro NCAP tiveram algumas alterações, indo além dos testes de impacto e adicionando avaliações para os sistemas de frenagem automática e de detecção de pedestres.

Hyundai Ioniq em posição 3x4 de traseira
Hyundai Ioniq (Divulgação/Hyundai)
O Prius atingiu classificação de 92% na proteção para adultos, 82% na proteção de crianças, 77% para pedestres e 85% para assistências de segurança. Já o Hyundai Ioniq alcançou na mesma avaliação 91%, 80%, 70% e 82%, respectivamente.
O Volkswagen Tiguan também foi bem e atingiu 96% na proteção de adultos, 84% para crianças, 72% para pedestres e 68% em relação a assistente de segurança. Mas vale lembrar: este Tiguan está uma geração à frente do que é vendido no Brasil.
Volkswagen Tiguan em posição 3x4 de frente
Volkswagen Tiguan (Divulgação/Volkswagen)
Para conceder o prêmio, é realizado um cálculo de soma ponderada das pontuações em quatro diferentes áreas de avaliação: ocupantes adultos, ocupantes crianças, pedestres e assistentes de segurança. Essa soma é usada como base para comparação entre os veículos de um mesmo segmento, considerando apenas os equipamentos de série.
Segundo o Euro NCAP, algumas categorias não puderam ser representadas por conta dos poucos veículos testados pelo órgão em 2016, o que culminou na premiação de apenas três modelos neste ano. Os carros avaliados em crash-tests pelo Euro NCAP são adquiridos pela organização, sem o envolvimento das montadoras – o que pode explicar a dificuldade em realizar mais testes.
Fonte: Quatro Rodas

Sunday, February 26, 2017

Chevrolet divulga preços do serviço OnStar no Brasil

Planos estarão disponíveis na segunda quinzena de dezembro com preços a partir de R$ 50

Lançado em setembro de 2015 nos modelos Cruze e Cruze Sport6, o OnStar já está disponível para toda a gama da Chevrolet no Brasil. No lançamento do novo Cruze Sport 6, a marca anunciou os preços dos planos para o serviço de auxílio remoto. 
Grátis no primeiro ano de uso, o OnStar poderá ser renovado ou alterado a partir da segunda quinzena de dezembro. São três opções de planos: Safe (R$ 50 mensais), Protect (R$ 65) ou Exclusive (R$ 80), de acordo com o modelo.
“Chegamos à combinação de serviços que nossos consumidores desejavam após um profundo estudo de mercado. Percebemos que não havia uma solução no mercado que fosse semelhante ao OnStar”, afirma Péricles Mosca, diretor do OnStar para América do Sul.
Presente há 19 anos nos Estados Unidos e com mais de 7 milhões de usuários no mundo, o OnStar é um sistema de telemática que oferece serviços de emergência, segurança conectada, navegação, mobilidade e concierge. No Brasil, a marca se associou com a Ituran (operadora de monitoramento e rastreamento de veículos).
Para usar o serviço, basta pressionar o botão OnStar, localizado no retrovisor do veículo, e se conectar ao Centro de Atendimento. Outra funcionalidade é o botão SOS, utilizado para solicitar apoio em caso de pane mecânica, elétrica ou ainda acidentes e situações de emergência.  
Por meio do aplicativo OnStar, que pode ser baixado no smartphone, o cliente pode controlar o veículo remotamente, com comandos para travamento/destravamento de portas, informações do computador de bordo e localização, entre outros.  


Chevrolet On Star


Para aderir ou mudar de plano, o cliente pode entrar em contato diretamente com um atendente OnStar por meio do botão no veículo, pelo aplicativo ou ainda pelo portal exclusivo para clientes. O pagamento pode ser feito por boleto à vista (com desconto), em 12 parcelas mensais, ou ainda com cartão de crédito (somente no portal).  

Veja detalhes dos planos:

* Safe
- Assistência de recuperação veicular
- Sensores para prevenir furto
- Diagnóstico remoto
- Diagnóstico avançado
- Travar/destravar portas/luzes e buzinas
- Alertas de segurança, como valet, velocidade e movimento
- Siga-me/Localize-me
Mensalidade: R$ 50

* Protect (todos os serviços do plano Safe, além de foco em situações de emergência)
- Chamadas de emergência pelo App e botão SOS no veículo
- Bom samaritano (aviso de acidentes com terceiros)
- Monitoramento em rota
- Resposta automática de acidentes
- Socorro mecânico e elétrico (Chevrolet Road Service)
- Destino seguro
Mensalidade: R$ 65

Obs.: o cliente Protect continuará tendo um período de cortesia de três meses e, após esse período, para continuar com todos os benefícios do plano Exclusive, pagará R$ 15 adicionais por mês no primeiro ano.

* Exclusive (além dos serviços do plano Protect, o Exclusive visa também a comodidade e praticidade do cliente. Oferece mais de 20 serviços)
- Navegação por setas
- Navegação integrada
- Envio do destino ao MyLink por meio do botão OnStar no veículo ou pelo aplicativo
- Informações sobre pontos de interesse
- Concierge
 Mensalidade: R$ 80
Fonte: Motor 1

Conceito de usina híbrida solar-fóssil é aprovado


Usina híbrida solar-fóssil gera energia constantemente
A maior parte do projeto-piloto consiste em painéis côncavos que concentram o calor do Sol em canos por onde flui um líquido, que é transformado em vapor. No destaque, os tanques de sais onde o calor é armazenado. [Imagem: Hysol/Divulgação]
Energia renovável constante
Foi concluído com êxito na Espanha a avaliação de um projeto-piloto para a criação de usinas híbridas para geração de energia.
O objetivo do projeto Hysol era avaliar uma alternativa pragmática para a adoção de fontes renováveis de energia: eliminar a inconstância das fontes de energia limpa - como solar fotovoltaica, termossolar e eólica - acoplando a elas geradores tradicionais que usam derivados do petróleo.
Nesse conceito de usina híbrida, a administração da variação das fontes renováveis passa a ser da usina, mantendo constante o suprimento de energia para a rede de distribuição.
Usina térmica - 3/4 solar
A principal fonte geradora da usina é uma planta de energia termossolar. Ao contrário dos painéis fotovoltaicos, que geram eletricidade diretamente a partir da luz do Sol, no conceito termossolar é o calor do Sol que é aproveitado para gerar vapor, que é então utilizado para gerar a eletricidade.
Isso facilita a integração com os geradores alimentados por outras fontes termoelétricas. Durante o projeto foram testadas implementações de hibridação da fonte termossolar com combustíveis fósseis (gás natural) e renováveis (biogás, biometano e uma combinação de gases), todos disponíveis comercialmente.
A gestão das diversas fontes permitiu a produção de energia elétrica com uma participação da energia solar que chegou a 74%.
Os combustíveis auxiliares são integrados para suprir uma turbina a gás modificada. A energia térmica dos gases de escape produzidos pela turbina a gás são recuperados e usados para aquecer sais fundidos, que podem ser enviados diretamente para o gerador de vapor, mas que geralmente são armazenados para uso posterior, à noite e quando o calor do Sol não for suficiente para atender a demanda.
Usina híbrida solar-fóssil gera energia constantemente
Esquema da usina híbrida que usa energia térmica do Sol e combustíveis líquidos, renováveis e fósseis. [Imagem: Hysol/Divulgação]
Usina híbrida viável
Ao longo de três anos de testes, foi possível validar todo o conceito, demonstrando que uma usina híbrida é técnica, econômica e ambientalmente viável.
O Hysol é um projeto financiado pela União Europeia e liderado pela empresa espanhola ACS-Cobra. Foram oito parceiros, incluindo a Universidade Politécnica de Madri (UPM, Espanha), Universidade Técnica da Dinamarca, Plataforma Solar de Almería (PSA-CIEMAT, Espanha), Enea (Itália), IDIE (Espanha), Aitesa (Espanha) e SDLO-PRI (Holanda).

Com o término da validação, os parceiros se preparam para a instalação de usinas similares de porte comercial em toda a Europa.

Saturday, February 25, 2017

WM Motor terá elétricos baratos na China

Freeman Shen, ex-presidente da Volvo na China, fundou a WM Motor em dezembro do ano passado e nesta quarta-feira (30) a montadora mostrou quatro conceitos que levarão a futuros lançamentos elétricos com preço acessíveis, segundo as informações da imprensa internacional
A WM não revelou qual ser[a o primeiro modelo a ser lançado em 2018

Neste mês a WM Motor inaugurou sua fábrica na China, com investimentos de US$ 1 bilhão e pretende lançar seu primeiro carro elétrico em 2018, com cronograma de adicionar um modelo novo a cada ano até 2025.
A montadora investiu US$ 1 bilhão de dólares na fábrica

Entre os conceitos mostrados, estão um sedã grande, um SUV compacto, outro SUV médio e uma minivan, sendo que todos eles tem o visual bem parecido. Maiores informações sobre os modelos e motorizações devem ser reveladas em futuro breve.
Esta minivan também será lançada pela WM Motor

Comissão de Meio Ambiente aprova bônus para carros elétricos


O consumidor que adquirir carro elétrico novo poderá passar a ter direito a bônus equivalente à parcela que cabe à União do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). A medida consta de substitutivo de Paulo Rocha (PT-PA) a projeto do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), aprovado nesta terça-feira (18) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
A proposta (PLS 415/2012) determina que o benefício seja concedido na compra de automóveis novos equipados com motor acionado, exclusivamente, por energia fornecida por baterias recarregáveis na rede elétrica. Determina ainda que o bônus seja de, no máximo, R$ 20 mil. A matéria segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
O projeto prevê que o consumidor receba o bônus até o final do ano subsequente à aquisição do veículo ou que utilize o valor para pagamento de impostos federais. Caso possua débito inscrito na Dívida Ativa da União, o bônus deverá obrigatoriamente ser utilizado para pagamento da dívida.
O texto estabelece ainda que a medida, se aprovada, entre em vigor 90 dias depois de sua publicação e que tenha vigência de cinco anos.

Questionamentos

Na ausência de Paulo Rocha, o substitutivo foi apresentado na CMA pelo relator ad hoc Jorge Viana (PT-AC), que passa a assumir a relatoria. Viana apontou vantagens ambientais no uso de veículos elétricos, como a substituição de carros que utilizam combustíveis fósseis, responsáveis por parte significativa das emissões de gases poluentes.
Jorge Viana questionou, no entanto, a pertinência de projetos que impliquem renúncia fiscal.
— São matérias importantes, mas muito delicadas, frente ao momento que o país vive. Do ponto de vista ambiental, não há divergência, temos o propósito da redução de emissões, mas a matéria deve ser debatida na CAE, com o devido cuidado e números atualizados — opinou o senador pelo Acre.
A opinião foi compartilhada pelos senadores do PSDB Ataídes Oliveira (TO) e Aloysio Nunes (SP).

Substitutivo

O texto original isenta os carros elétricos do pagamento de IPI e também elimina o imposto cobrado no desembaraço aduaneiro para veículos provenientes de países do Mercosul.
Paulo Rocha discordou da medida por considerar que a isenção dada aos fabricantes não garantirá a redução de preço ao consumidor. No substitutivo, ele também modificou o projeto para evitar a perda de arrecadação de estados e municípios, limitando o benefício à parcela do IPI que cabe à União.

Friday, February 24, 2017

México deve ganhar carro elétrico 100% nacional



O México deve ganhar seu primeiro carro elétrico 100% nacional. O projeto é encabeçado por ninguém menos que Carlos Slim, empresário mexicano que foi considerado o mais rico do mundo por três anos consecutivos e agora está na sétima posição. O objetivo do bilionário é desenvolver um carro movido por baterias a ser feito no país e para o consumidor local.

Para isso, Slim utilizará a empresa Giant Motors, controlada por outra empresa de sua propriedade, a Inbursa. Ambas são conhecidas pela produção de caminhões da chinesa FAW no país e em breve carros da JAC. A produção será feita com o grupo Moldex, holding que engloba desde produção de pães (a maior do mundo) até metalurgia.

O projeto será 100% mexicano, desenho e engenharia serão realizados no país, mas ainda não se sabe a origem das baterias. Mas, pelo descrito pela Giant Motors, provavelmente serão de desenvolvimento e fabricação locais. A intenção inicial é focar no serviço de táxis da Cidade do México, cujo trânsito é caótico e os níveis de poluição elevados.

Provavelmente o carro elétrico mexicano terá uma variante comercial, já que a Giant Motors visa também atender ao transporte de encomendas em áreas urbanas. O projeto de Slim deve gerar 1.000 empregos diretos e outros 4.500 indiretos. Espera-se ter um protótipo em breve para iniciar a comercialização em meados de 2018.

Fonte: Blog Veículo Elétrico
Origem: Notícias Automotivas

Confira os carros elétricos que já rodam por aí

Econômicos, tecnológicos, amigos do meio ambiente e inovadores. Essas são apenas algumas das características dos carros elétricos. Já popular em diversos países da Europa, assim como nos Estados Unidos e no Japão, este tipo de veículo aos poucos começa a chegar ao Brasil, e a expectativa das montadoras é que ele atinja o sucesso dos modelos que funcionam a base de etanol, gasolina ou diesel. Confira, na galeria abaixo, alguns dos automóveis movidos a eletricidade que já rodam mundo afora.
Para ver a lista, clique aqui

Fonte: MSN

Thursday, February 23, 2017

BMW 530E, o novo Série 5 híbrido, anuncia 52 km/l


BMW 530e 
A BMW revela mais informações do 530E IPerformance, versão híbrida com recarga externa (plug-in) do novo Série 5. O modelo, que se soma aos similares das linhas Série 3 (330E) e Série 7 (740E), associa um motor turbo a gasolina de 2,0 litros (184 cv) a um elétrico (95 cv) para potência combinada de 252 cv e torque de 43 m.kgf, o bastante para 0-100 km/h em 6,2 segundos e máxima de 235 km/h. A caixa automática de oito marchas é mantida e há escolha entre trações traseira e integral.
 Recarregar a bateria de 9,2 kWh do 530E requer quase sete horas em tomada de 120 volts, mas um carregador especial pode fazê-lo em 3h. De acordo com o padrão europeu, seu consumo médio de gasolina é de 52,6 km/l. O modo apenas elétrico tem baixa autonomia (50 km), mas pode ser usado a até 140 km/h. O motorista escolhe pelos modos de condução se prefere usar só eletricidade (Max E-Drive), poupá-la (Battery Control) ou um programa intermediário (Auto E-Drive).
Fonte: Best Cars 

Crash-test compara a segurança dos carros de hoje com os de 1997

Testes mostram grande evolução nas capacidades de absorção e deformação dos veículos


No vídeo acima, quando o Rover 100 ano 1997 encontra a barreira deformável a 64 km/h, o motor assume o lugar dos passageiros, as rodas se deslocam junto das torres dos amortecedores e transformam as portas dianteiras em traseiras. O airbag (único) infla de encontro à orelha esquerda do pobre dummie, pois a coluna de direção se deslocou – e certamente o volante atinge o tórax do boneco, ignorando a bolsa de ar.
Volkswagen Polo
Este era o cenário assustador dos primeiros testes de colisão realizados pelo Euro NCAP, publicados em fevereiro de 1997. Além do Rover, que recebeu apenas uma estrela das quatro possíveis, foram testados os Fiat Punto, Nissan Micra, Opel Corsa e Renault Clio, que conseguiram duas estrelas, e os Ford Fiesta e Volkswagen Polo, que receberam três. 
Renault Clio
Comemorando duas décadas de testes de colisão, o Euro NCAP refez o teste do Rover 100. E também testou o Honda Fit para mostrar como os automóveis evoluíram – muito em virtude dos testes desse tipo. Os vídeos falam por si só: 
O parabrisas do Honda sequer estilhaça com a colisão. A coluna “A” não entorta e a porta-lateral sequer se move. O Rover fica literalmente sem parabrisas e teto e assoalho mimetizam uma sanfona. A única surpresa está no airbag, que funcionou mesmo após tantos anos (sem ter passado por recall para reparo nos airbags, ao contrário dos Takata usados pelo Honda).
Fica provado que a evolução dos automóveis nas últimas duas décadas não se resume ao design, aos motores mais potentes e a lista de equipamentos (opcionais e de série) quase infinita.  
Os aços usados na construção evoluíram, as técnicas e até as soldas usadas também. Só os crash-tests deixam evidente que os aços mais fortes precisam estar nos locais certos (na parede corta-fogo, nas colunas, no assoalho) e não nos para-lamas e capô.
Honda Fit 2015
Nestes 20 anos de testes o Euro NCAP deu perda total em 1.800 carros em crash-tests que custaram ao todo 160 milhões de euros. O órgão estima ter ajudado a evitar 78.000 mortes em acidentes. Tão importante quanto isso foi a conscientização do consumidor europeu, que hoje considera a nota recebida pelo veículo no teste antes de uma compra.
No Brasil ainda é raro encontrar alguém que decida uma compra pela nota em crash-tests. O órgão responsável pelos testes de colisão de carros vendidos aqui é o Latin NCAP, que ainda é recente: foi criado no final de 2010. Você pode ver as notas de todos os carros testados por eles aqui.
Fonte: Quatro Rodas

Wednesday, February 22, 2017

Nissan leva a Brasília van elétrica movida a hidrogênio de etanol

Veículo foi rodando até o Palácio do Planalto, onde foi apresentado ao presidente Michel Temer

A Nissan aproveitou o lançamento do programa "Renova Bio 2030", em Brasília, para apresentar ao público e ao presidente Michel Temer o e-Bio Fuel Cell. Ele seria o primeiro protótipo de veículo em todo o mundo a ser movido por uma pilha de combustível de óxido sólido (SOFC), segundo a Nissan. O modelo nada mais é do que a van NV200 (indisponível no mercado brasileiro), elétrica, que conta com a pilha de combustível para repor a carga de suas baterias. A questão é como essa pilha faz isso: extraindo hidrogênio de bioetanol, nosso álcool hidratado. Isso lhe dá uma autonomia superior a 600 km.
Segundo a marca, o protótipo e-Bio Fuel Cell pode ser abastecido com etanol ou uma mistura de etanol e água. Sua pilha usa um reformador para liberar o hidrogênio presente no combustível e o converte em energia elétrica para carregar uma bateria de 24 kWh. Em outras palavras, ela funciona como um extensor de autonomia para a NV200, que assim chega aos tais 600 km de autonomia com uma bateria relativamente pequena. Testes de campo serão feitos em vias públicas de todo o Brasil com o modelo das fotos.


A grande vantagem do veículo é ele ser um elétrico que também pode ser "recarregado" por etanol, o que diminui a necessidade de paradas para recarga, bem como o tempo gasto no processo. O uso de etanol também aproveita uma infraestrutura que já existe ou que seria simples de implantar em outros países. Além disso, o e-Bio Fuel Cell oferece aceleração mais esperta que a de um veículo semelhante a combustão, mas o rodar silencioso característico de um carro elétrico. 
A marca não comentou quando a tecnologia chegará à produção em série, mas o know-how da empresa é bastante considerável na área, especialmente por conta do Leaf, o carro elétrico mais vendido do mundo. Se a SOFC se mostrar viável, o elétrico com pilha de combustível pode se tornar uma excelente alternativa aos modelos híbridos, com eficiência energética muito mais alta.
Fonte: Motor 1

VOLKSWAGEN QUER REVIVER A KOMBI EM NOVA VERSÃO ELÉTRICA

Veículo deve ser um dos cinco primeiros modelos elétricos lançados pela empresa até 2020

Volkswagen Budd-e Concept (Foto: Volkswagen)

A Volkswagen está se preparando para reviver a Kombi em uma nova versão elétrica. Baseado no conceito Budd-e e utilizando a mesma plataforma MEB do elétrico I.D., o modelo deve ter uma autonomia de 500 km e as mais atuais tecnologias autônomas.

Segundo fontes na empresa relataram à Autocar, o veículo de sete assentos terá um motor elétrico de 122 kW montado na parte traseira, seguindo a tradição do clássico original. Embora ele suporte um sistema de tração integral, inicialmente, a minivan deve vir com tração traseira padrão.
Até esse momento, nenhum detalhe está confirmado, mas a minivan deve ser um dos cinco primeiros modelos elétricos lançados pela Volkswagen até o final desta década. 

Fonte: Auto Esporte

Tuesday, February 21, 2017

Paris, Madri e mais duas querem banir o diesel

Na busca de um meio ambiente menos poluído e, consequentemente, mais qualidade de vida para seus moradores, Paris (França), Madri (Espanha), Atenas (Grécia) e Cidade do México concordaram em proibir a circulação de veículos a diesel a partir até 2025. O anuncio foi feito durante o C40 Summit, que reune no México 40 cidades para discutir as alterações climáticas.
Paris, que tem excelente rede de transporte público

Segundo as informações debatidas no evento, a fuligem emitida pelos veículos a diesel é um dos fatores que concorrem para o aquecimento global. Além disso, milhares de pessoas morrem anualmente por conta de problemas de saúde relacionados à poluição do ar.
Os prefeitos não disseram como será efetivada a proibição, mas Miguel Angel Mancera, que administra a capital mexicana, acha que essa medida ajudará a região a impulsionar seu sistema de transporte público, enquanto Atenas acredita que a proibição dos carros a diesel será apenas o primeiro passo para banir todos os automóveis da cidade.
Fonte: Carro Online

Volvo introduz tecnologia de detecção de pedestres em ônibus urbanos

A Volvo se prepara para instalar, já a partir do ano que vem, sistemas de detecção de pedestres em ônibus urbanos de algumas cidades europeias. O equipamento tem funcionamento similar aos utilizados nos carros de passeio da fabricante sueca e trabalham com o auxílio de câmaras exteriores que identificam pedestres ou ciclistas que corram o risco de serem atingidos pelo veículo. 
O alerta ao condutor é dado a partir de sons e luzes, mas esses pedestres também são avisados sobre o perigo. Para isso, a buzina do ônibus é acionada automaticamente. Outro ponto planejado para evitar acidentes é a adoção de sistemas de ruídos externos para os ônibus que rodam com propulsores elétricos. Mesmo assim, esse barulho será bem menor que o emitido normalmente por modelos movidos com diesel.

Fonte: Motor Dream

Monday, February 20, 2017

VW anuncia plano bilionário para desbancar Uber em serviços de carona

Christian Charisius/Reuters

Marca criou divisão específica para atuar no mercado de transporte de passageiros sob demanda
A fim de melhorar a imagem arranhada pelo escândalo de fraude em motores a diesel, a Volkswagen vem intensificando os esforços para desenvolver serviços de mobilidade digital na Europa. O mais novo passo foi dado  com o anúncio da criação de uma nova divisão de negócios digitais, denominada Moia.
Sua função será assumir a função do Uber e expandir o foco de atuação para além da venda de carros. A meta será oferecer serviços de transporte individual sob demanda a partir do ano que vem na Europa, expandindo pouco depois para Estados Unidos e China.
No mês passado a montadora estava em negociações com o próprio Uber sobre uma possível cooperação, mas não quis se contentar com o mero papel de fornecedor. Afinal, o potencial de expansão será ainda maior com a popularização dos veículos autônomos.
"Mesmo que nem todo mundo tenha um carro próprio no futuro, o Moia pode ajudar a manter todos como clientes de nossa empresa, de um jeito ou de outro", explicou o presidente da VW, Matthias Mueller.
"Em médio e longo prazo o Moia criará o tipo de serviço que atenderá às necessidades dos cidadãos urbanos", acrescentou Ole Harms, diretor da nova divisão. Segundo ele, será possível obter receita "de cerca de dois bilhões de dólares" num prazo de quatro anos.

Expansão rápida

Mais do que isso, o grupo espera abocanhar uma fatia substancial da receita gerada por novos serviços até 2025. Na avaliação da consultoria A.T. Kearney, o mercado global de carros autônomos e serviços relacionados pode chegar a US$ 50 bilhões em 2020 e a US$ 282 bilhões até 2030.
A empresa alemã quer se tornar líder e referência nesse segmento com tanto potencial já a partir de 2018. Portanto, segundo Harms, a previsão é quadruplicar a equipe da Moia em Berlim (Alemanha) entre 2017 e 2020, indo de 50 para 200 funcionários.
Um experimento no ramo foi tocado pela companhia em parceria com a Gett, empresa rival do Uber que opera na Europa. O investimento foi de US$ 300 milhões. Agora a expectativa é que a fabricante destine bilhões de euros em serviços de transporte, carros autônomos e veículos puramente elétricos.
Com isso, além de deixar para trás o dieselgate, a marca pretende compensar o tempo em que simplesmente ignorou as alternativas de mobilidade e propulsão, ficando para trás em relação às rivais Mercedes-Benz e BMW.
Fonte: UOL Carros

ZVEXX, A MOTO ELÉTRICA SUÍÇA

Motocicleta traz 26 células de bateria que geram 13 kWh, torque de 124,2 kgfm e uma autonomia de 150 quilômetros

Motocicleta elétrica Zvexx (Foto: Divulgação)
Quem disse que motos elétricas devem ser esquisitonas? As imagens que você vê nesta matéria, provam o contrário. Um grupo de engenheiros suíços se associou a alguns revendedores de motocicletas para criar uma moto invocada e com desempenho excepcional. A partir dessa ideia nasceu a Zvexx, uma motocicleta que comprova que o futuro sem emissões pode ser sim, muito emocionante.

Essa monstruosa duas rodas vem equipada com 26 células de bateria de lítio-íon capazes de gerar 13 kWh, além de poder atingir 150 quilômetros de autonomia. A suíça traz fibra de carbono em sua estrutura, regeneração de energia em desacelerações e frenagens, partida sem chave, além de função de telemetria com conexão para computadores.

Motocicleta elétrica Zvexx (Foto: Divulgação)

Apesar de estar preocupada com o meio ambiente, a Zvexx é muito mais do que um veículo que leva alguém de um ponto A para um ponto B. Seu motor elétrico, por exemplo, é capaz de gerar 124,2 kgfm de torque imediato! Uma pancada que leva essa torcuda aos 80 km/h em menos de 3 segundos, somando o peso da moto e mais o condutor. O pacote de baterias pode gerar uma energia de 96 volts e 600 amperes.

Motocicleta elétrica Zvexx (Foto: Divulgação)


Essa endiabrada suíça traz fibra de carbono em sua estrutura, regeneração de energia em desacelerações e frenagens, partida sem chave, além de função de telemetria com conexão para computadores. Mas, infelizmente o aspecto feroz dessa elétrica pode não dar as caras nas ruas europeias. Isso porque o objetivo principal da empreitada não é colocar o modelo em produção, mas sim fazer testes sobre essa nova tecnologia.

Motocicleta elétrica Zvexx (Foto: Divulgação)

Sunday, February 19, 2017

Conheça o mais extravagante encontro de Jeep Willys do mundo

Encontro de Willys na Colômbia leva ao extremo a ideia de que sempre cabe mais um. Mas sobrecarregar jipes é só um das extravagâncias do Desfile de Yipao

Os Willys são enfileirados de acordo com a categoria em que competem
A Colômbia é fornecedora de um dos produtos mais consumidos pela humanidade. A terra natal de Valderrama e Pablo Escobar é exímia na plantação, colheita, processamento e exportação do estimulante que trouxe fama internacional ao país. Beneficiada pela localização geográfica da região andina, conta com terra vulcânica, clima tropical e altitude elevada, condições perfeitas para o cultivo desse psicoativo. Essas são algumas das razões pelas quais o café colombiano é reconhecido como um dos melhores do mundo. Outra justificativa é a colheita manual.
No último evento, em outubro do ano passado, 112 inscritos se reuniram em frente a uma base militar, percorrendo 4,5 km em carreata até a Praça de Bolívar, na cidade de Armenia

No último evento, em outubro do ano passado, 112 inscritos se reuniram em frente a uma base militar, percorrendo 4,5 km em carreata até a Praça de Bolívar, na cidade de Armenia (Paulo Vitale)
Mas há um porém nessa forma de trabalho: grão de café não desce do cafezal sozinho. A altitude e o terreno montanhoso fazem bem ao sabor, mas são um pesadelo logístico na hora de desafogar a produção – linhas férreas ou estradas nem sempre são viáveis, pois têm custos impraticáveis aos pequenos produtores.
E é aqui que começa a história do Jeep Willys, um veículo pequeno o suficiente para circular pelas mesmas trilhas em que mulas transportavam sacas de café, valente o suficiente para vencer a falta de pavimento entre as fincas (fazendas) e as cidades e relativamente barato e fácil de manter, algo indispensável para qualquer negócio. No começo dos anos 50, o jipe substituiu os animais para o transporte dos produtos, ganhando o apelido de mulitas mecánicas. Logo se tornou parte da paisagem no Triângulo Cafeeiro do país.
Assento, direção e pedais foram adaptados para que o Willys possa ser guiado mesmo com o eixo dianteiro suspenso
Assento, direção e pedais foram adaptados para que o Willys possa ser guiado mesmo com o eixo dianteiro suspenso (Paulo Vitale)
Adquiridos pelas famílias produtoras de café, os Willys passaram a carregar não só as sacas de grãos, mas todo tipo de carga, inclusive passageiros. Montanha acima e abaixo, os jipes começaram a ajudar na vazão da produção agrícola, faziam a mudança das famílias e levavam gente de um ponto a outro. O trabalho rendeu reconhecimento do povo e outro nome carinhoso: yipao (algo próximo do “jipinho” brasileiro). Foi assim que o jipe se tornou o hijo adoptado por Colombia – ou o “filho adotado pela Colômbia”.
A alegoria retrata o que acontecia no passado: famílias de mudança, com tudo o que possuíam, no "lombo" do velho Willys
A alegoria retrata o que acontecia no passado: famílias de mudança, com tudo o que possuíam, no “lombo” do velho Willys (Paulo Vitale)
Dessa devoção surgiu o Desfile de Yipao, realizado anualmente em Armenia (a 280 km de Bogotá), em meio às festividades que celebram o aniversário da cidade. Todo outubro, a capital de Quindío, o segundo menor departamento da Colômbia, abriga uma parada de jipes enfeitados que atrai visitantes do país inteiro. Em 2006, 370 jipes participaram do evento, um recorde que colocou o desfile no Guinness Book.
Na caravana folclórica de yipaos, seus donos os carregam com tudo o que podem. Objetos e móveis são amontoados a até 3 metros de altura. Outros sobrecarregam os veículos com produtos agrícolas e, claro, sacas de café. A alegoria retrata o que acontecia no passado: famílias de mudança, com tudo o que possuíam, no “lombo” do velho Willys, frequentemente em busca de emprego e trabalho em outras propriedades rurais.
Toda a ornamentação dos yipaos serve para homenagear o jipe e também a cultura cafeeira
Toda a ornamentação dos yipaos serve para homenagear o jipe e também a cultura cafeeira (Paulo Vitale)
Criado em 1988, o desfile é acompanhado de perto pela população, que toma integralmente os quase 5 quilômetros da Avenida Bolívar. Ainda que a decoração kitsch pareça estranha aos forasteiros, é cultuada, celebrada e, após as três horas de festa, premiada. Toda a ornamentação dos yipaos serve para homenagear o jipe e também a cultura cafeeira.
O passar das décadas trouxe prosperidade e a região se modernizou, mas o velho Willys permanece na ativa. A Colômbia é afetada por um problema comum aos brasileiros: a desigualdade de renda da população. Os mais pobres, morando muito longe do trabalho, sem recursos e mal atendidos pelo transporte público, têm de recorrer a veículos de até 65 anos (e ainda longe da aposentadoria).
Um dos desafios dos jipeiros é percorrer em linha reta a maior distância possível com o carro equilibrado no eixo de trás
Um dos desafios dos jipeiros é percorrer em linha reta a maior distância possível com o carro equilibrado no eixo de trás (Paulo Vitale)
Armenia está a 1.480 metros acima do nível do mar, mas a região montanhosa dos Andes tem altitudes que variam de 1.200 a 1.800 metros. A geo­grafia, que faz bem ao café e garante o sustento das pessoas, é ao mesmo tempo um obstáculo para os quase 600.000 pequenos produtores rurais.
O motorista Roberto Padilla é dono de um Jeep CJ3 1950 e ganha a vida transportando pessoas entre a cidade de Calarcá e as fazendas de Quebrada Negra. Faz diariamente até seis viagens, cada trecho durando 1h20. Como a maioria de seus colegas de trabalho, não sabe dizer a distância que percorre todos os dias – calculam a travessia em tempo. Mas o trecho rural entre Calarcá e as fazendas de café localizadas em Quebrada Negra tem até 20 km. Cada passageiro paga 3.000 pesos colombianos pelo serviço, algo em torno de R$ 3,10. Mas não pense em uma viagem confortável: até 15 pessoas vão em pé no carro, na parte interna e externa, apoiadas em estrados de metal parafusados nas travessas do chassi.
O rapaz aí da foto é o motorista do Jeep Willys
O rapaz aí da foto é o motorista do Jeep Willys (Paulo Vitale)
Se a situação dos viajantes é ruim, a dos donos de yipaos também não é das melhores. Além de trabalhar por jornadas extensas e cansativas, o retorno financeiro não é muito vantajoso. E as condições de trabalho os levam a superlotar o jipe para conseguir fechar as contas. Com o litro do combustível a R$ 2, e o Jeep consumindo aproximadamente 1 litro a cada 4 quilômetros, precisam de pelo menos cinco passageiros para não ter prejuízo com os custos de operação. Não são raros os motoristas que levam mais de dois anos para quitar o carro. Padilla, por exemplo, pagou 7,2 milhões de pesos (cerca de R$ 7.400) em seu Willys, no começo de 2016, fazendo empréstimos com parentes.
Na rua, o cheiro de óleo queimado e de gasolina – um indício de mistura rica, se embaralha com o odor de frutas e carne, ao lado do mercado central. Feiras de rua, galerias e vendedores ambulantes são abastecidos graças ao trabalho das pessoas e dos veículos.
Os participantes se vestem a caráter com roupas festivas
Os participantes se vestem a caráter com roupas festivas (Paulo Vitale)
O Desfile de Yipao celebra esse esforço. A organização divide os jipes em categorias (café, produtos agrícolas, temáticos, mudanças e piques). Esta última, a mais ousada, envolve acrobacias. Entre 1.000 e 1.300 kg de carga são empilhados na parte traseira, elevando a dianteira. O ponto de equilíbrio é tênue: o eixo da frente toca o chão, mas empina ao menor toque no acelerador. Um dos desafios para os jipeiros é percorrer em linha reta a maior distância possível com o carro equilibrado no eixo de trás.
A caracterização dos participantes é um espetáculo à parte
A caracterização dos participantes é um espetáculo à parte (Paulo Vitale)
Não há substituto para os velhos Willys – um fenômeno semelhante ao que a Kombi provocou no Brasil. As regiões mais pobres não contam com serviço de transporte eficiente, nem vias públicas adequadas. O acesso às fazendas e povoados até hoje depende do torque elevado e da tração 4×4 dos vovôs motorizados.
Criado 1998, o desfile é acompanhado de perto pela população, que toma integralmente a Avenida Bolívar
Criado em 1988, o desfile é acompanhado de perto pela população, que toma integralmente a Avenida Bolívar (Paulo Vitale)
Por não oferecer alternativa, as autoridades fazem vistas grossas à situação precária dos jipes, mas impõem à população regras que não fazem sentido: exigem que o motorista e passageiro dianteiro viajem presos ao cinto desegurança, mas ignoram as outras dez pessoas que vão em pé.
O jipe faz parte do cotidiano e dos negócios. Virou até unidade de medida: 1 yipao equivale à quantidade de carga que o carro carrega. Para os colombianos, 600 kg em toras de madeira de uma vez só é rotina. Assim como 50 sacas de café. Ou 15 pessoas a bordo do veículo. Não tem romance nessa história, mas dá para celebrar mesmo assim. Na Colômbia, a festa e o trabalho pesado não cessam.
Fonte: Quatro Rodas