Até hoje a maior invenção atribuída a um brasileiro teria sido o avião. Todos conhecem a façanha de Alberto Santos Dumont a bordo do 14-bis - embora no resto do mundo o crédito pela invenção seja dado aos irmãos Wright. Mas pouca gente sabe que um componente muito comum nos carros atuais teria sido idealizado por um brasileiro: o câmbio automático.
Curiosamente, a informação veio à tona de uma forma inusitada, mais precisamente na biografia do escritor Paulo Coelho - "O Mago", escrita pelo jornalista Fernando Morais. Coelho contou ao jornalista a história de um tio-avô que alegava ter criado esse tipo de câmbio. A própria família acreditava tratar-se de uma lenda, já que seus parentes diziam que "tio José", como era carinhosamente chamado pela família, "vivia inventando coisas". Intrigado e fascinado, Fernando Morais resolveu investigar a veracidade desta versão. E descobriu que o tio-avô de Paulo não estava mentindo daquela vez - apesar de algumas publicações americanas ignorarem tal história.
Curiosamente, a informação veio à tona de uma forma inusitada, mais precisamente na biografia do escritor Paulo Coelho - "O Mago", escrita pelo jornalista Fernando Morais. Coelho contou ao jornalista a história de um tio-avô que alegava ter criado esse tipo de câmbio. A própria família acreditava tratar-se de uma lenda, já que seus parentes diziam que "tio José", como era carinhosamente chamado pela família, "vivia inventando coisas". Intrigado e fascinado, Fernando Morais resolveu investigar a veracidade desta versão. E descobriu que o tio-avô de Paulo não estava mentindo daquela vez - apesar de algumas publicações americanas ignorarem tal história.
Segundo o jornalista, o engenheiro mecânico José Braz Araripe teria inventado o câmbio hidramático juntamente com Fernando Lemos. Depois de ter desenvolvido uma transmissão automática com fluído hidráulico, Araripe teria viajado à Detroit (EUA), onde apresentou seu invento à General Motors em 1932.
Um outro tipo de transmissão automática já havia sido criado anos antes no Canadá. O sistema, porém, era pneumático, e carecia de potência e praticidade para ser produzido em série. A GM acabou se interessando pelo projeto dos brasileiros e propôs duas ofertas: US$ 10 mil na hora ou US$ 1 por carro vendido com a tecnologia. Provavelmente sem ter ideia da capacidade de popularização dos automóveis (e de seu próprio invento), José escolheu a primeira opção. Fazendo a conversão da moeda norte-americana em valores atualizados, descobrimos que os inventores levaram o equivalente a US$ 160 mil para casa.
Em tempo: a invenção brasileira só chegaria às ruas em 1939, quando a montadora apresentou uma tecnologia chamada "Hydra-Matic" na linha 1940 dos modelos Oldsmobile. É por isso que durante muito tempo - inclusive no Brasil - as pessoas costumavam chamar os veículos com câmbio automático de "hidramáticos".
Fonte: Quatro Rodas em 30/09/2015
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