Os primeiros protótipos já passaram pelos testes - os modelos finais deverão ter 80 metros de diâmetro e ficar a 100 metros de profundidade. [Imagem: OIST]
Eletricidade do mar
Diversas técnicas estão sendo analisadas e comparadas em busca de uma forma eficiente e economicamente viável de fazer com que os oceanos gerem eletricidade.
Algumas abordagens propõemtirar proveito do movimento das marés usando diques, enquanto outras usamturbinas flutuantes. Mas a maioria dos projetos-piloto envolve tirar proveito daenergia das ondas.
O professor Katsutoshi Shirasawa, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão, acredita que dá para tirar proveito também de outro movimento natural das águas: as correntes oceânicas.
A grande vantagem é que as correntes oceânicas - verdadeiros rios que cruzam todos os oceanos da Terra - são contínuas, podendo gerar energia 24 horas por dia, sete dias por semana. Isto as torna mais estáveis do que as ondas e as marés, e livres do problema da intermitência das fontes solare eólica.
Gerador oceânico
Gerador oceânico
Shirasawa projetou uma turbina que ficará bem no meio da corrente oceânica, 100 metros abaixo da superfície do mar, o que significa que o gerador oceânico não colocará qualquer restrição à navegação.
Apesar de constantes e de não mudarem de direção, as correntes oceânicas são lentas, com uma velocidade média entre 1 e 1,5 metro por segundo. Contudo, como a água é mais de 800 vezes mais densa do que o ar, mesmo uma corrente lenta consegue gerar energia comparável à energia gerada por um vento forte incidindo sobre uma turbina eólica.
Esquema da turbina para gerar eletricidade a partir das correntes oceânicas. [Imagem: Katsutoshi Shirasawa et al. - 10.1016/j.renene.2016.01.035]
O projeto foi calculado para explorar a Corrente Kuroshio, que flui ao longo da costa japonesa.
"Nosso projeto é simples, confiável e energeticamente eficiente. A turbina compreende um flutuador, um contrapeso, uma nacele para acomodar o gerador e três pás. Minimizar o número de componentes é essencial para facilitar a manutenção, baixar o custo e alcançar uma baixa taxa de falhas," disse Shirasawa.
Substituir um reator nuclear
A equipe já construiu dois protótipos, que estão passando pelos testes finais de eficiência e durabilidade.
A equipe espera obter financiamento para construir 300 turbinas de 80 metros de diâmetro, o suficiente para gerar 1 GW, potência equivalente à dos reatores nucleares japoneses.
Fonte: Inovação Tecnológica
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