Eficiência energética é tema importante e que veio para ficar. Pode-se considerar até uma conquista e o único aspecto merecedor de apoio incondicional do programa Inovar-Auto, implantado pela presidente afastada Dilma Rousseff no quinquênio 2013-2017.
Sua principal consequência está sendo a modernização e o lançamento de motores novos por quase todos os fabricantes de veículos leves no Brasil.
Ainda causa suspense saber quem vai optar pelo bônus para superar a meta obrigatória na média de todos os veículos produzidos por cada fabricante. A exigência é redução mínima de 12,1% no consumo de combustível em km/l (na realidade, autonomia).
Entretanto, há um prêmio de 1% no IPI para os que atingirem 15,5% de incremento e mais 1% para quem alcançar 19%, a meta-alvo. Em 1º de outubro próximo se conhecerão as marcas habilitadas para tal e esse se trata de segredo estratégico.
Recentemente, em São Paulo, a AEA (Associação Brasileira de Engenharia) organizou o II Simpósio de Eficiência, Emissões e Combustíveis. Ficou ressaltado o sucesso de 30 anos do Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores) e a junção bem-sucedida com as metas do programa de eficiência energética, a única parte do Inovar-Auto que merece e deve ter continuidade depois de 2017.
Também recebeu total reconhecimento o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), conduzido com alta competência pelo Inmetro, e a consolidação confiável dos valores de consumo de combustível e emissões de poluentes numa única tabela. Daí se consolidou a nota triplo A no País para automóveis e comerciais leves fabricados aqui ou importados.
Daqui por diante
Vários outros pontos foram debatidos, entre eles as futuras normas de emissões PL7. Está difícil chegar a um consenso. A Cetesb (companhia de tecnologia e saneamento do governo paulista) chamou atenção sobre a necessidade de apertar o controle de emissão de vapor de combustível durante o abastecimento nos postos, e a utilização de parâmetros nacionais.
Esses gases são precursores de ozônio ao nível do solo, um problema nas grandes cidades agravado no inverno.
Aditivação obrigatória da gasolina, atrasada por discordâncias entre Petrobras e ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foi mais um assunto considerado importante. Deve-se ressaltar que cada distribuidora, se assim optar, continuará a desenvolver e comercializar seu próprio pacote de aditivos, o que significa combustível ainda melhor.
A consultoria AVL destacou a eletrificação de sistemas e tecnologias híbridas. A combinação entre motores a combustão interna e elétrica, que na Europa ganhou muita força depois do atual imbróglio do diesel em automóveis, significará um grande salto em eficiência energética.
O Brasil ainda não acordou para essa realidade.
Fonte: UOL Carros
No comments:
Post a Comment