O cenário da propulsão automotiva está mudando rapidamente e as principais fabricantes querem popularizar alternativas à combustão o mais rápido possível, mirando a redução de custos de produção destes tipos de tecnologias (o que facilitaria o cumprimento de leis ambientais mais rígidas). Com esta preocupação em mente, Daimler (grupo responsável pela Mercedes-Benz), BMW e Toyota se uniram a outras empresas para criar o Conselho do Hidrogênio (Hydrogen Council). O anúncio foi feito em Davos, na Suíça, na última terça-feira (17) e as informações são do site Autoblog.
O conselho (cuja composição conta, ainda, com Shell, AirLiquide, Linde Group e Total SA e outras sete empresas) pretende investir US$ 10 bilhões nos próximos cinco anos para o desenvolvimento da tecnologia e infraestrutura necessárias para motores movidos a células de hidrogênio. Atualmente, o montante dedicado a este fim anualmente gira em torno de US$ 1,5 bilhões. Durante o anúncio da coalizão, as empresas afirmaram que a decisão dá continuidade aos acordos de Paris de 2015, quando as companhias se comprometeram a atuar de maneira mais firme no combate ao aquecimento global.
O Conselho do Hidrogênio afirma que os carros movidos a célula de hidrogênio, que emitem vapor de água à atmosfera, "podem desempenhar um papel importante na transição à um sistema de energia limpo e de baixo índice de carbono". O grupo também pretende pressionar governos a acelerar investimentos públicos para a infraestrutura necessária para este tipo de veículo.
Em comparação com outras propulsões alternativas (como a híbrida e a elétrica), as células de hidrogênio estão em fase embrionária de adoção por parte das fabricantes. Atualmente, há poucos exemplos de carros de produção que contam com este tipo de propulsão, como o Honda Clarity e o Toyota Mirai (este último é o mais bem sucedido, tendo a marca vendido 1.034 unidades dele nos Estados Unidos em 2016). A Mercedes-Benz já anunciou que terá uma versão híbrida plug-in do GLC a célula de hidrogênio.
No Brasil não hé nenhum carro deste tipo à venda. Na verdade, só há um carro elétrico disponível ao consumidor (o BMW i3, que custa em torno de R$ 170 mil) e poucos modelos híbridos (como o Ford Fusion Hybrid e o Toyota Prius).
Fonte: Carro Online
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