O Surfer foi criado para ser uma opção de mobilidade sustentável, de fácil manutenção e consciência coletiva. O motor elétrico que permite circular por ciclovias ou vias urbanas de baixa velocidade, além de subir ladeiras moderadas. Tudo isso sem a necessidade de manutenções comuns entre carros ou motos. Para se locomover, o usuário dá um impulso na patinada e o equipamento acelera, alcançando cerca de 25 km/h. Ao frear, o sistema corta o movimento.
Os componentes são similares aos de uma mountain bike, ou seja, foram projetados para serem leves e de fácil reposição em caso de necessidade de troca de peças. A autonomia é de 35 km e o patinete pode ser carregado em qualquer tomada convencional. O sócio da empresa e responsável pela área de desenvolvimento de clientes da Soma, Yuri Berezovoy, comenta que durante a concepção do produto a empresa contou com uma especialista que ajudou na escolha dos compósitos do e-patinete. Isso garantiu, entre outras coisas, um processo produtivo mais flexível.
"A gente queria poder criar, errar e começar de novo sem que isso significasse um prejuízo altíssimo, o que é comum quando o maquinário é muito caro", relembra. O mesmo cuidado os sócios tiveram ao conversar com profissionais da área de sustentabilidade. Eles chegaram a considerar usar 15% de sisal, que é uma planta. Mas desistiram quando perceberam que, ao misturar com plástico, não seria possível fazer a separação para posterior reciclagem. "O nosso patinete é 100% reciclável", ressalta.
O Surfer usa plástico, alumínio e madeira - nesse caso, para o acabamento. E componentes eletrônicos para o painel. Aliás, em breve, vai ganhar uma saída para bluetooth para se conectar com o celular do usuário. Pensando na segurança, Berezovoy relata que está sendo criado um sistema que vai bloquear o equipamento se o usuário se afastar e, assim, desemparelhar do bluetooth (tecnologia de conexão sem fio tem alcance de 10 a 100 metros).
Publicado no Verdesobrerodas
Origem: Jornal do Comércio
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