Diante de mais uma queda nas vendas no mês de fevereiro (o que era até esperado devido ao feriado de carnaval), a Anfavea resolveu ir além de mostrar os números de mercado. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (4) em São Paulo, a associação que reúne as principais montadoras instaladas no país divulgou que atualmente a indústria está operando com 50% de ociosidade.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Moan, a capacidade instalada no Brasil seria capaz de produzir 4,63 milhões de automóveis e comerciais leves neste ano. Mas, segundo as previsões da própria Anfavea (consideradas otimistas por alguns empresários do setor), a produção em 2016 será de somente 2,33 milhões de autoveículos. Já entre os veículos pesados, a situação é ainda pior: ociosidade de 74%. Das 422 mil unidades que poderiam ser produzidas, serão feitas apenas 107,8 mil unidades.
Apesar do cenário negativo, os próximos meses serão marcados pela inauguração de mais duas fábricas no país: a da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e a da Land Rover em Itatiaia (RJ). Para Moan, “a crise política segue comprometendo a economia ao reduzir a confiança, os investimentos e o mercado. Quando uma crise duradoura como essa acontece, seus efeitos são severos”.
Como esta semana se encerra da forma mais caótica possível na política, fica impossível prever o que acontecerá daqui para a frente no mercado automotivo. Mas empresários do setor não escondem que o mercado responderá de forma positiva caso haja mudanças no comando do país. Resta aguardar os próximos capítulos.
Fonte: Car Place
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